sexta-feira, 4 de julho de 2008


Olá meninos e meninas, vamos entrar no período de férias mais apreciado, as Férias Grandes, a praia o mar o sol as viagens, etc. Como foram importantes para todos nós as Férias Grandes, o prazer que nos dava preparar a nossa “mala” para irmos para a praia, as emoções que nos assaltavam ao recordarmos tudo o que tínhamos vivido na época anterior, os amigos, as aventuras, as “jogatanas” de “King”, os copos e os “amores novos” quase sempre inacabados.
Já cá está o Xico? e a Clara? e o Camilo? só vem para a semana! e caras novas? Quem? boa, boa, boa!
É bom recordar, fomos passando estes sentimentos para outras gerações de uma forma natural, agora, serão eles os “retransmissores”.
Não se esqueçam, vamos às férias, praia ou "lá para fora cá dentro" que sejam as melhores de sempre e em Setembro, Quand vient la fin de l´été, sur la plage…..voltamos a conversar, tá?
Divirtam-se e BOAS FÉRIAS.
Ah! muito Importante!!!
Aqui vos mostro 3 Obras de Arte do Varatojo, um Pintor que admiro muito. (Obrigado Zétó pela tua amizade).









Agora vou deixar-vos outra pequena história.


O LAMPANAS

Continuando com o nosso Roteiro Gastronómico, desta vez o almoço foi organizado pelo Rui Faria. O “REPASTO QUASE TRAGÉDIA” teve lugar num Restaurante de nome VERSAILLES na Guimarota, para quem não sabe, é á saída de Leiria em direcção ás Cortes. Não vou divulgar o nome do dono do Restaurante pelo motivo que mais á frente muito bem compreenderão. Entretanto como o Restaurante já fechou há alguns anos, estou descansado.

De qualquer das formas terei de referir que não deixa de ser uma pessoa empreendedora, empenhada e com um contributo importante na história da “Indústria” da Hotelaria e Afins desta Cidade.

Quando cheguei ao Restaurante já todos os meus Amigos estavam de volta das “Entradas”. Antes de me sentar, o Rui Faria com ar sério, embora com um ligeiro sorriso, bem ao seu jeito, virou-se para mim e disse:

…pede um pratinho de Lampanas que estão um espectáculo!

Como ele sabia tão bem fazê-las! Tão bem que o conhecia, e tão bem que eu podia ter evitado a “QUASE TRAGÉDIA”desconfiando do seu sorriso “Maldoso”. Mas não, eu teria de ser, naquele dia e em muitos dias que se seguiram o motivo de “Chacota” para os meus amigos (sabem que ainda hoje eu sofro de insónias e não sei….) e para o dono do Restaurante quase o princípio da 3ª Guerra Mundial, pelo menos.

Toda a mesa parou para olhar para mim, agora é que vejo que já era pena o que os meus amigos me transmitiram com o seu olhar. Pena de mim, claro! Coitado! O Tóvinho já caiu, mal eu sabia o que me esperava.

O Restaurante estava cheio, era a primeira vez que ali entrava e nem por um só momento imaginei que pudesse vir a ter tanta importância, bolas, pelo menos ter sabido antes quem era o dono. Sim porque se eu soubesse antes….bem, continuando, com o olhar percorri a sala que até era pequena, teria para ai umas 10 mesas, não mais, quase todas cheias de clientes, quando vi um Senhor bem parecido com uma travessa na mão calculei que fosse o empregado ou coisa assim. Virei-me para ele e com o ar mais cândido do Mundo, fiz então o meu pedido.

…Por favor queria um pratinho de Lampanas

De imediato parou a vida na Terra, ali pelo menos, por uns segundos, toda a clientela se virou para mim e logo de seguida para ele, de repente, o tal Senhor largou a travessa que trazia, virou-se para mim e não é que eu naquele instante reconheci o Senhor e apercebi-me do acontecido? Lembrei-me logo dos rumores que circulavam por ai. Sem eu ter tempo de dizer nada, pois, já tinha dito tudo, e de mais, eheheheh!

…..Berrou!!! é o termo e com o volume no 9 (Max.10) e com toda a razão, disse:


…Vá mas é p’ C…. da sua Mãe, seu Filho da P…., seu Cabrão de Merda…


Nem mais, nem menos, tudo dito em bom Português, e merecido, toma lá e para a próxima deixa de ser C….as!

Tudo isto sem ainda me ter sentado, veja bem, entretanto virei-me para a minha mesa e perguntei se tinha feito algo errado e com o ar mais sério do Mundo disseram todos que sim acenando a cabeça, bonito serviço.

Claro que a sala inteira rebentou em risos o que agravou substancialmente a tensão entretanto criada pela minha intervenção e pela rápida resposta do visado.

Toda a gente naquela sala sabia (incluindo o próprio), menos eu, que o tal Senhor tinha a alcunha de “LAMPANAS”, constava que a mulher é que mandava por aquelas bandas, não se faz, ser ofendido na sua própria casa é de mais, foi indecente da minha parte, concordo perfeitamente. Acho que o tal Senhor não se virou a mim á pancada porque eu era um rapazinho novo, grande e estava bem acompanhado, senão teria sido o cabo dos trabalhos.

Claro que a partir dai nos serviu mal, quase atirava as travessas da comida para a mesa, nem me quero lembrar, mas não me vou esquecer nunca daquela partida que o meu Amigo Ruizinho me pregou, bela partida, teve piada.